O número de estupros registrados no estado do Rio aumentou em 25% de 2009 (4.120 casos) para 2010 (4.589). Os dados estão na sexta edição do Dossiê Mulher, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Os registros apontam para uma média de 313 mulheres vítimas de estupro por mês ou 10 por dia.
Das 3.751 mulheres estupradas em 2010, 53,5% eram meninas de até 14 anos. Em 50,5% dos casos, as vítimas do crime conheciam os acusados (companheiros, ex-companheiros, pais, padrastos, parentes e conhecidos), 29,7% tinham relação de parentesco com a vítima (pais, padrastos, parentes) e 10,0% eram companheiros ou ex-companheiros.
Com base em dados de 2010 da Polícia Civil, as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro (81,2%), ameaça (65,4%) e lesão corporal dolosa (62,9%). Grande parte desses delitos, de acordo com o estudo, ocorreu no espaço doméstico e no ambiente familiar.
Embora o sexo feminino não esteja entre a maioria das vítimas de homicídio doloso e tentativa de homicídio, a pesquisa também traz a análise desses delitos.
Sobre o perfil das vítimas de estupro do sexo feminino foi observado que 77,3% eram solteiras; 23,2% tinham entre zero e 9 anos, e 30,3% tinham entre 10 e 14 anos de idade. Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, chamou a atenção do ISP um aumento de quase 162% no número de mulheres estupradas no município: foram 68 vítimas em 2009 e 178 em 2010.
AmeaçaO dossiê revelou que cerca de 137 mulheres sofrem ameaça por dia no estado do Rio. Em 2010, foram contabilizadas 49.950 vítimas. De 2009 para 2010, o número teve um aumento de 6,2%. Entretanto, o dossiê ressalta que o número de mulheres vítimas de ameaça proveniente de violência doméstica aumentou em 4,3%.
Os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, foram os que apresentaram o maior número de vítimas em 2010. No total, foram registradas 3.857 ameaças contra mulheres. Segundo o ISP, mais da metade das mulheres vítimas de ameaça (50,2%) tinha o companheiro ou ex-companheiro como o provável autor do delito.
Sofreram ameaças por parte de pais ou parentes 9,9% das mulheres, e 12,5% delas foram vítimas de pessoa conhecida ou próxima. Quanto ao perfil da mulher vítima, observou-se que 57,1% das mulheres que sofreram ameaça tinham entre 25 e 44 anos e 50,1% eram solteiras.
Homicídio DolosoO crime de homicídio doloso apresentou uma redução de 19,4% no total de 2010 em relação a 2009. Foram registrados 299 assassinatos a mulheres (6,3% do total) no ano passado. Dessas, 37,4% tinham entre 18 e 34 anos; 34,9% eram solteiras e 16,6% conheciam os acusados, sendo que 13,3% das vítimas eram ex-companheiras ou companheiras do provável autor do homicídio. A média mensal foi de 24 mulheres vítimas.
Os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis registraram os maiores números de casos, totalizando 31 em 2009 e 24 mulheres vítimas em 2010.
Lesão Corporal DolosaO delito lesão corporal dolosa apresentou um aumento de 1,1% no total de mulheres vítimas em comparação com 2009. Deste total, mais da metade (54,7%) tinha entre 18 e 34 anos; 55,6% eram solteiras e 32,2%, casadas. Das vítimas, 50,9% eram companheiras ou ex-companheiras dos acusados.
De acordo com o ISP, para todos os delitos observados no estudo, com exceção do estupro, cuja maior concentração de casos foi verificada na área da 54ª DP (Belford Roxo), as áreas referentes à 35ª DP (Campo Grande) e à 59ª DP (Duque de Caxias) estavam entre aquelas com os maiores números de vítimas.
As mulheres correspondem a 87,0% das vítimas de lesão corporal dolosa proveniente de violência doméstica ou familiar. Na relação entre a vítima e o acusado, verificou-se que 80,7% das vítimas eram companheiras ou ex-companheiras do provável agressor.
As mulheres vítimas de lesão corporal dolosa proveniente de violência doméstica, especificamente, tiveram seu número reduzido em 1,9%, ou seja, foram menos 576 mulheres vítimas desse crime em 2010.
Das 3.751 mulheres estupradas em 2010, 53,5% eram meninas de até 14 anos. Em 50,5% dos casos, as vítimas do crime conheciam os acusados (companheiros, ex-companheiros, pais, padrastos, parentes e conhecidos), 29,7% tinham relação de parentesco com a vítima (pais, padrastos, parentes) e 10,0% eram companheiros ou ex-companheiros.
Com base em dados de 2010 da Polícia Civil, as mulheres continuam sendo as maiores vítimas dos crimes de estupro (81,2%), ameaça (65,4%) e lesão corporal dolosa (62,9%). Grande parte desses delitos, de acordo com o estudo, ocorreu no espaço doméstico e no ambiente familiar.
Embora o sexo feminino não esteja entre a maioria das vítimas de homicídio doloso e tentativa de homicídio, a pesquisa também traz a análise desses delitos.
Sobre o perfil das vítimas de estupro do sexo feminino foi observado que 77,3% eram solteiras; 23,2% tinham entre zero e 9 anos, e 30,3% tinham entre 10 e 14 anos de idade. Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, chamou a atenção do ISP um aumento de quase 162% no número de mulheres estupradas no município: foram 68 vítimas em 2009 e 178 em 2010.
AmeaçaO dossiê revelou que cerca de 137 mulheres sofrem ameaça por dia no estado do Rio. Em 2010, foram contabilizadas 49.950 vítimas. De 2009 para 2010, o número teve um aumento de 6,2%. Entretanto, o dossiê ressalta que o número de mulheres vítimas de ameaça proveniente de violência doméstica aumentou em 4,3%.
Os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis, foram os que apresentaram o maior número de vítimas em 2010. No total, foram registradas 3.857 ameaças contra mulheres. Segundo o ISP, mais da metade das mulheres vítimas de ameaça (50,2%) tinha o companheiro ou ex-companheiro como o provável autor do delito.
Sofreram ameaças por parte de pais ou parentes 9,9% das mulheres, e 12,5% delas foram vítimas de pessoa conhecida ou próxima. Quanto ao perfil da mulher vítima, observou-se que 57,1% das mulheres que sofreram ameaça tinham entre 25 e 44 anos e 50,1% eram solteiras.
Homicídio DolosoO crime de homicídio doloso apresentou uma redução de 19,4% no total de 2010 em relação a 2009. Foram registrados 299 assassinatos a mulheres (6,3% do total) no ano passado. Dessas, 37,4% tinham entre 18 e 34 anos; 34,9% eram solteiras e 16,6% conheciam os acusados, sendo que 13,3% das vítimas eram ex-companheiras ou companheiras do provável autor do homicídio. A média mensal foi de 24 mulheres vítimas.
Os municípios de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis registraram os maiores números de casos, totalizando 31 em 2009 e 24 mulheres vítimas em 2010.
Lesão Corporal DolosaO delito lesão corporal dolosa apresentou um aumento de 1,1% no total de mulheres vítimas em comparação com 2009. Deste total, mais da metade (54,7%) tinha entre 18 e 34 anos; 55,6% eram solteiras e 32,2%, casadas. Das vítimas, 50,9% eram companheiras ou ex-companheiras dos acusados.
De acordo com o ISP, para todos os delitos observados no estudo, com exceção do estupro, cuja maior concentração de casos foi verificada na área da 54ª DP (Belford Roxo), as áreas referentes à 35ª DP (Campo Grande) e à 59ª DP (Duque de Caxias) estavam entre aquelas com os maiores números de vítimas.
As mulheres correspondem a 87,0% das vítimas de lesão corporal dolosa proveniente de violência doméstica ou familiar. Na relação entre a vítima e o acusado, verificou-se que 80,7% das vítimas eram companheiras ou ex-companheiras do provável agressor.
As mulheres vítimas de lesão corporal dolosa proveniente de violência doméstica, especificamente, tiveram seu número reduzido em 1,9%, ou seja, foram menos 576 mulheres vítimas desse crime em 2010.